we wanna get funked up.

22h16.

Buenas noches muchachos. Tudo bem com os vossos cactos?

Porque é que tenho vários cactos no meu site perguntam vocês? Porque gosto deles. O que podem observar no menu lateral chama-se Emílio e já morreu mas como o Pryde lhe partiu um braço uma vez em minha casa, esse mesmo braço foi revitalizado pela minha mãe que o pôs num vaso e o filho do Emílio nasceu. Enfim. Histórias de cactos.

Hoje fui com o meu avô ao hospital para ele mudar um penso que tem na cabeça. Antes disso, almocei com ele e com a minha avó na casa deles. Comemos frango fricassé e a esta hora ainda me sinto cheio. É uma receita clássica da minha avó.

1 – Guisem frango numa panela com refogado bacano;

2 – Cozam esparguete com aquela pitada de sal;

3 – Quando o frango já estiver cozinhado botem lá para dentro o molho de fricassé e misturem.

Molho de fricassé: salsa, 2 gemas de ovos, um bocado de leite a olho e umas espremidelas de limão.

Sinto que devia passar mais tempo com eles porque nunca sabemos quando tempo temos. É uma perspetiva um bocado triste mas é a verdade crua. Pensei em passar uns dias em casa deles para aprender coisas e quiçá fotografá-los.

Saímos os dois em direção ao Santa Maria. Pus Amália a dar nas colunas do carro e o meu avô cantava. Sabe as letras todas de cor.

“Fado é para se ouvir sem barulhos. ‘Silêncio! Que se vai cantar o fado.'”

Senti-me todo paranóico à medida que entrava no hospital: luvas, máscara, ação. Vivemos tempos estranhos em que se sente uma atmosfera de desconfiança e ao mesmo tempo união por causa de uma ameaça invisível que nos afeta a todos de uma maneira ou de outra. Eu nem tenho medo por mim, mais pelos meus pais e avós que têm uma idade mais avançada. É ter cuidado e viver um dia de cada vez sem panicar.

Na vinda para a casa do meu avô falámos sobre plantar favas e batatas. Ele sempre gostou de agricultura mas já tem 85 anos e a mobilidade dele não ajuda. Descobri que as favas são sementes que comemos e que a mesma fava pode servir de semente pelo menos durante 3 anos. Crazy shit que se aprende com os avós.

Deixei-o em casa e bazei. Neste momento tou a ouvir o primeiro álbum dos Outkast por influência do episódio de podcast que mencionei no post de ontem. Ouvi também, na viagem de volta a casa, um episódio desse mesmo pod em que o Rick Rubin conversa com os The Black Keys.

Skatei na rua clandestinamente. Ando a tentar incluir o hábito de exercitar o corpo todos os dias. Sei que há dias que vou falhar, e é ok, mas se apontar para todos os dias vou acabar por fazer exercício várias vezes por semana. E sabe mesmo bem. Se se sentem stressados, a dar overthinking, com emoções negativas ou tensão acumulada, exercício físico é a técnica que vos tira desse “sítio” mais rapidamente. Experimentem.

Related Posts

6 Responses
  1. Andreia Torres

    Qualquer dia podes fazer um livro de receitas…Receita de frango à fricassé ✔️ Receita de tiramissu ✔️ Falta a sopa e a bebida pra uma refeição completa ahah

  2. João

    Muito bom..aquilo dos avós também sinto isso de querer passar mais tempo porque realmente nunca se sabe quando infelizmente vão partir…e eu sou uma pessoa estressada e dou bué overthinking mas msm muito, muita das vezes nem dá para dormir infelizmente..vou seguir o teu concelho de fazer desporto e espero que resulte…continha rapaz vais num bom caminho, abração isqueiro na mão..

  3. Carolina

    O meu pai neste momento tem 60 e poucos anos e os meus avós também já têm uma idade avançada. Eu tento muito nao pensar que daqui a uns anos eles nao vão estar cá,mas por vezes acaba por ser difícil. A cada ano que passa,mais próximos estamos do inevitável acontecer e é assustador. Confesso que só o pensamento me causa ansiedade.
    Sobre praticar desporto,devias tentar escalar . Acho que Portugal não tem ginásios interiores, mas sei que há certos locais em Sintra que podes experimentar. Pessoalmente bouldering é
    e rock climbing sao os meus desportos favoritos porque requerem imensa força corporal e mental. Acho que é talvez o único desporto em que me faz mesmo focar no presente e ter em atenção a cada uma das minhas ações.