Este som é um dos quais o resultado final mais me agradou, juntamente com a Milf e a Alguém. Foi uma música/vídeo que levou bastante trabalho e algum tempo.
Fiz o primeiro esboço das baterias do beat no GarageBand do iPhone enquanto passeava pela serra de Sintra com alguns amigos. Uma rapariga que conheci na altura mostrou-me uma banda, Elia y Elizabeth e quando ouvi um dos álbuns o meu ouvido despertou imediatamente para uma possível sample, que viria a ser a melodia latina da ‘Manáda!’. Percebi que era a sample ideal quando a meti por cima das baterias e coincidiu perfeitamente sem precisar de ajustar os bpms.
Esta música fez-me evoluir e perceber o beat como mais do que um loop, que costuma ser a base no hip hop. Criei várias secções que dão a sensação de momentos na música. Música é tensão e libertação.
O Guilherme Proença (A.K.A. DJ VERDE) tocou o baixo que acabou por tornar a sonoridade um bocado mais orgânica.
O vídeo foi um projeto que desenvolvi em conjunto com a minha amiga Juliana Lee (com quem estudo Multimédia em Belas Artes) para a cadeira de Audiovisuais. Encontrar vacas pretas e brancas para criarmos o cenário que imaginámos ao idealizar o conceito foi mais difícil do que pensei. Depois de várias chamadas sem efeito para associações, foi o meu pai que me deu o contacto de um senhor que tinha vacas. Metemo-nos no carro e fomos até Mafra com o Verde ao voltante e filmei nu ao lado de uma pessoa do campo que lidou demasiado bem com a situação. Filmámos o resto em Lisboa, no Cais, Baixa e em Xabregas. No total foram 7 dias de filmagens.